Alan Caldas
A imaginação faz parte da essência humana. A nossa mente vê muito mais do que nossos olhos enxergam. Se ouve, vê ou lê alguma coisa e, em seguida, se fica girando mentalmente ao redor do que se leu, viu ou ouviu.
É que somos uma raça imaginativa, que pensa e que pensa muitas vezes mais no que acredita do que no que realmente viu ou ouviu. E por sermos uma raça imaginativa, criamos teorias, temos teoria para tudo.
Tem uma teoria que é a minha preferida. Ela diz que em qualquer lugar do planeta que se esteja, bastará falar com sete pessoas e uma dessas sete conhecerá alguém que você conhece.
Já testei essa teoria. Olhe o exemplo:
Em 1988 fui a Paris. E num hotel encontrei um casal que morava no Rio de Janeiro, e esse casal, por incrível que pareça, conhecia o meu tio que mora em Maceió! Dá para acreditar?
Outro exemplo é o Alencar Zimmer e a Ronete. Eles estavam no interior (bem interior!!!) da Argentina, e de repente um senhor argentino bateu no vidro do carro e perguntou:
- Vocês são de Dois Irmãos? Conhecem o doutor Ângelo Frapiccini?
Essa teoria da sétima pessoa é na verdade a teoria da Existência Coletiva. Ela leva a crer que nós, humanos, fomos criados numa única Matriz. Mas isso, dito por um qualquer, não tem tanta credibilidade. Mas e se isso fosse dito por Sócrates, o grande pensador grego, será que teria credibilidade?
Sócrates foi um tipo humano importante, e ele acreditava na teoria da criação coletiva. Para provar isso, Sócrates levou seus discípulos para a rua e, entre os mendigos, pegou um completamente analfabeto. Sócrates então começou a fazer perguntas sobre matemática a esse analfabeto, e mandou que seus discípulos fossem anotando as respostas. Ele fazia perguntas bem feitas e o mendigo analfabeto ia dando respostas inteligentes. Ao final, aquele analfabeto explicou o Teorema de Pitágoras.
- Mas como?!!! - perguntaram os discípulos de Sócrates, perplexos.
E ele respondeu:
- O conhecimento está em todos nós. O que falta é alguém que saiba nos perguntar direito.
“Entre o céu e a terra existem muito mais coisas do que supõe a nossa vã filosofia”, escreveu certa vez o dramaturgo inglês William Shakespeare. E talvez essas verdades que hoje ocultas estão, “um dia reveladas nos serão”. E então saberemos a verdade.
E a verdade nos libertará!
Mas essa já é outra teoria.