terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ainda sobre a eleição, o PMDB

Alan Caldas

Ainda sobre a eleição recém ocorrida, é preciso analisar o PMDB.
O PMDB nacional coligou com o PT, e Michel Temer é o vice de Dilma Rousseff.
Aqui no Estado, o candidato do PMDB ao governo foi José Fogaça, que mesmo sendo PMDB era a favor de José Serra mas não se de­finia, sendo ora Dilma ora Serra.
O grande líder do PMDB no Estado, Pedro Simon, se tudo que se noticiou é verdadeiro, parece estar meio caduco. Uma hora abre o voto para Dilma, noutra, e em meio a mesma campanha, joga-se nos braços de Marina Silva. E dizem que após ter articulado a candidatura de Fogaça e após o acordo estar consolidado, Simon teria dito a Fogaça que “se fosse ele, não teria saído da prefeitura”.
Em Dois Irmãos a eleição feriu fundo o PMDB. Para concluir isso, basta ver a votação dos candidatos apoiados pelos peemedebistas Tânia da Silva, Renato Dexheimer e Flávio Müller.
Tânia fez campanha para Eliseu Padilha.
Renato fez campanha para Mendes Ribeiro.
Flávio Müller para Luiz Fernando Záchia.
Eliseu Padilha, o candidato de Tânia (que é a vereadora mais votada da cidade) fez 73 votos em Dois Irmãos.
Mendes Ribeiro, candidato de Renato Dexheimer (que foi vereador, vice-prefeito e prefeito por duas vezes) fez 75 votos.
E Luiz Fernando Záchia, o candidato de Flávio Müller (que foi vereador bem votado todas as vezes em que concorreu) fez 71 votos.
Ou seja: os três grandes líderes do PMDB local não conseguiram, juntos, mais que duas centenas de votos para seus politicamente protegidos.
E o pior é que Tânia chegou a dizer na redação do JDI, quando a visitou apresentando o deputado Eliseu Padilha, que o PMDB “não ia ficar com um só candidato, mas com vários”, o que era uma alfinetada direta no prefeito Miguel, que como se sabe estava de braço dado com o petista Henrique Fontana.
Pergunta-se:
- O que se “lê” da votação dos deputados apoiados por três líderes do PMDB na cidade?
Lê-se em manchete bem grande:
O PMDB ESTÁ COM GRAVE
PROBLEMA EM DOIS IRMÃOS.
Mesmo tendo sido o partido que mudou a forma da cidade ser, quando assumiu o governo de Dois Irmãos em 1989 (com Arnildo Mallmann), o PMDB parece estar se exaurindo. É visível a perda de gás e força.
E se o PMDB não recarregar as baterias, a próxima eleição será dramática.